Portugal poderá viver uma explosão de diabetes do tipo 2 na próxima geração devido ao aumento da obesidade infantil. Sem mudança de hábitos alimentares, os miúdos de 11 anos vão chegar aos 30 diabéticos. As previsões da União Europeia apontam para que, em 2025, Portugal ocupe a quarta ou quinta posição entre os países com maior prevalência de diabetes, de acordo com Davide Carvalho, especialista português na direcção do Grupo Mediterrânico para o Estudo da Diabetes, que hoje participa no congresso anual da Associação Americana de Diabetes, em São Francisco. As crianças que agora têm 11 anos poderão contribuir para a "explosão" da patologia quando chegarem aos 30 anos. "O diagnóstico, actualmente, é feito aos 50/55 anos. Daqui a algum tempo, essa média irá descer significativamente e situar-se nos 30/40 anos. A diabetes irá aparecer mais cedo e os doentes terão que viver mais tempo com as complicações associadas e haverá mais gastos", garantiu ontem o especialista. Os estudos mais recentes, apresentados no congresso anual da Academia Americana de Diabetes, revelam resultados contraditórios quanto aos efeitos do elevado controlo do açúcar no sangue, em diabéticos do tipo 2, mas são unânimes na conclusão de que não baixa o risco de enfarte ou acidente vascular cerebral (AVC). O estudo ADVANCE (Acção na Doença Vascular e Diabetes), do Instituto George para Saúde Internacional de Sidney (Austrália), desenvolvido em cinco anos, concluiu que um controlo óptimo da glucose reduz para 21% o risco de doenças renais.
É nos meios urbanos que a obesidade infantil deixa a sua marca mais pesada. No entanto, a ruralidade também não mostra um cenário diferente. As estatísticas dizem que, a nível nacional, 31,5% das crianças entre os 9 e os 16 anos são obesas ou sofrem de excesso de peso.
E daqui sobressai uma conclusão: é preciso agir. Caso contrário, a
j
á ameaçada esperança média de vida destes miúdos vai ser ainda mais curta do que aquela que a geração dos pais tem neste momento.
Perante a informação que é disponibilizada constantemente, ainda é pouca a sensibilização a sério para este problema, que a Organização Mundial de Saúde entende como
epidemia
. Parecem passar despercebidas a pais e Estado as consequências reais a longo prazo.
Sobretudo quando se tem em conta que a alimentação incorrecta e a escassa
prática de actividade física são a base desta situação, não só nos adultos, mas particularmente na população infantil.
Certo é que, neste momento, calcula-se que no futuro haja mais adultos que, para além de obesos, vão sofrer de patologias cardiovasculares, cada vez mais cedo.
Vão ser mais atingidos pelos efeitos da
diabetes tipo
2, que também sobe a olhos vistos nos jovens de hoje. Já para não falar de distúrbios da personalidade, decorrentes do
estigma
de ser gordo, como assinala uma campanha desenvolvida por estes dias nos diversos media.
Há um miúdo à porta
de um prédio, toca à campainha, diz o seu nome, masl
á em cima no apartamento o amigo só o conhece quando ouve: «Sou eu, o gordo.»
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